domingo, 3 de junho de 2012

VIOLÊNCIA OCULTA


O CIDADÃO CAMINHA
ÁS HORAS RASGAM SUAS VEIAS
E A TARDE SANGRA
NOS CENTROS URBANOS, HÁ VIOLÊNCIA
NOS CAMPOS, HÁ VIOLÊNCIA
E A MORTE VOMITA
EJACULANDO SOB A AURORA
NUM DUELO MUDO E SURDO
SEM VENCEDORES
EM BUSCA DE ALMAS CATIVAS
A VIOLÊNCIA OCULTA
SÃO ALGEMAS INVISÍVEIS
QUE RABISCAM, SILÊNCIO... SILÊNCIO... SILÊNCIO
ALGEMAS INVISÍVEIS QUE FAZ DO CIDADÃO
UM FRACO
TROPEÇANDO EM SEUS DIREITOS
NA VIOLÊNCIA OCULTA
TOCAM DISSONANTES BUZINAS
NUMA ÓPERA SUICIDA
ONDE QUEM DANÇA É O CIDADÃO
E O MEU POEMA MUDO.



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